O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
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Amigos do SARAUMED, hoje 13 de Abril de 2024 já chegamos a 3.100,00 de arrecadação para uma previsão de 6.000,00.
Faltam 2.900,00 para completarmos as despesas com a Gráfica. Vamos futucar os colegas mais chegados e ligados à cultura.
Depois
entraremos em contato com as entidades, instituições e autarquias médicas para realizarmos
o lançamernto. Um dos espaços é o DNA da doutora Betania. O importante
no momento é ficarmos quites com a Editora.
Eu
já fui contemplado com três colegas que não são do grupo. Cabe a cada
um de nós curtucarmos um possivel participante, este participante
recebrá um comunicado do livro e do lançamento, inclusive receberá um
exemplar . A sua participção financeira ficará em aberto, a sugestão
iria de 50,00 e o céu é o limite.
Nós , do Saraumed , resolvemos presentear Dr Ildo Simões com
a publicação do seu livro de contos e de poesias . Para isso , estamos contando
com a valorosa participação de outros colegas médicos e também de entidades
médicas para que tenhamos o valor necessário para a publicação de 200
exemplares.
Você aceita fazer parte desse grupo ?
Penso que as homenagens devem ser feitas ainda em vida e
poder proporcionar ao Dr Ildo, que tanto fez pela medicina e arte ,esse presente é muito oportuno .
Vem com a gente !
Cecilia Almeida
Parcipe-
A importanciaé o que
convierao mestre e colega. 200 para os que participaram da reunião e concordaram com a empleitada, os demais estão depositando de 50 a 100 reais.
100 livros 5 mil reais,200 livros 6 mil. O plano são 200
exemplares.
Rir da desgraça alheia: a perversidade que nos habita (e intoxica)
Segundo psicóloga, desejar o mal a alguém e celebrar a morte do outro é um veneno que adoece a alma de quem toma
Por Bruno Mateus | @eubrunomateusPublicado em 9 de novembro de 2022 | 06h34
- Atualizado em 9 de novembro de 2022 | 09h17
Segundo a psicóloga Valquiria Alcântara, desejar o mal alheio e
celebrar a morte de alguém é um veneno que adoece a alma de quem toma
— Foto: Shutterstock.
I
Recentemente,
ao participar de um protesto pró-Bolsonaro, o ex-piloto de Fórmula 1 e
tricampeão mundial Nelson Piquet, notório apoiador do atual presidente
da República, não se intimidou ao ser gravado por um manifestante com
seu celular. Em alto e bom som e com um sorriso na boca, Piquet
vociferou: “Vamos botar esse Lula filho de uma p… para fora. E Lula lá
no cemitério”.
Em janeiro deste ano, o escritor Olavo de Carvalho foi mais uma das
vítimas da Covid-19. Olavo menosprezou a pandemia e a vacina, mas
sucumbiu à doença. Logo que a notícia da morte do ideólogo da extrema
direita brasileira caiu nos principais portais e nas redes sociais, uma
onda de memes invadiu a web para comemorar o óbito de Olavo.
Psicóloga especialista em saúde mental e luto, Valquiria Alcântara
diz que vivemos tempos de muita intolerância, e discursos de ódio são
disseminados, muitas vezes, de forma gratuita. Para ela, celebrar a
morte de alguém, ainda que seja comum, é uma postura reprovável.
“Desejar o mal do outro é algo que está dentro de nós? Sim, em alguma
intensidade, mas não em todo mundo, necessariamente. Às vezes, isso
está presente de forma bem sutil e até inconsciente. O ser humano
aprendeu a rir da desgraça alheia. Desejar a morte de alguém é
ultrapassar todos os limites, é uma crueldade imensa do ser humano”,
enfatiza Valquiria.
A psicóloga pondera que é fundamental saber lidar com sentimentos que
vêm acompanhados de violência, raiva e repulsa pelo outro. Entre pensar
e agir na prática para fazer mal a outro indivíduo, há uma linha tênue.
“Esse é o grande ‘x da questão’. Há pessoas que levam para a prática a
questão da violência no comportamento. São desejos de atacar o outro a
partir do momento em que ela se sente em perigo ou injustiçada”, analisa
a especialista.
Há quem admita, no entanto, que instintos raivosos e violentos sejam
despertados sem que isso seja uma tomada consciente de atitude.
Colaboradora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Mires
Camilo, 56, conta que já teve reações de desejar o mal ao outro e até
vibrar quando uma pessoa que não lhe era benquista se deu mal.
“Claro, a minha primeira reação, enquanto ser humano, é querer dar o
troco, fazer justiça com as próprias mãos, mas a gente tem que se
conscientizar que estamos evoluindo. Ninguém nasce pronto”, ela afirma.
Para barrar a cólera, o ódio e o desejo pela desgraça alheia, Mires
reconhece que é preciso muito esforço. Ela cita o caso do ex-ator e
pastor Guilherme de Pádua, que faleceu nesta segunda-feira (7). Pádua e
sua então esposa, Paula Thomaz, foram condenados pelo assassinato da
atriz Daniella Perez, filha da autora de novelas Gloria Perez. O crime
aconteceu em dezembro de 1992 e gerou uma profunda comoção no país,
revivida recentemente com o lançamento da série documental “Pacto
Brutal: O Assassinato de Daniella Perez”, disponível na HBO Max.
Com a morte de Guilherme de Pádua, vítima de um infarto aos 53 anos, o
que se viu na internet foram reações de celebração pelo ocorrido. “Sou
mulher e mãe e, num primeiro momento, tive aquela reação de ‘olha, que
bom (que ele morreu)’, mas eu não sou julgadora do universo. Preferi
jogar (esse sentimento) no limbo do meu pensamento para não sentir essa
energia”, conclui Mires Camilo.
Saúde mental sob riscos
“O ódio é um veneno que adoece quem toma”. É com essa frase que a
psicóloga Valquiria Alcântara comenta sobre os prejuízos à saúde mental
que uma postura sempre reativa, violenta e brutal em relação ao outro
pode causar. Quando falamos do desejo de que o alguém próximo seja
prejudicado de alguma maneira, a lista inclui desde a torcida para que
ele perca o emprego ou não consiga aquela tão sonhada vaga no concurso,
até a morte e o sofrimento dessa pessoa, que se transforma em alvo da
ira de quem o vê como um ser humano que merece o pior.
Neste contexto, a internet e as redes sociais são terreno fértil para
discursos contaminados de preconceito, intolerância e truculência. O
ambiente no qual estamos inseridos também tem muita influência sobre
nosso comportamento e nossas atitudes.
“A morte seria a punição mais severa do ponto de vista do julgamento
social e o ambiente virtual virou um território sem lei. É um espaço
aberto que muita gente encontrou para destilar veneno e ódio em nome de
uma suposta liberdade de expressão. O comportamento do indivíduo é
resultado de vários fatores, entre os quais o meio cultural e social”,
ressalta Valquiria Alcântara.
A violência e a agressividade podem ser escudos que as pessoas usam
para se proteger do outro e esconder fragilidades, medos e inquietações.
Muitas vezes, há dores malresolvidas, traumas não cuidados e conflitos
existenciais tamanhos que a única solução que a pessoa vê é explodir em
ódio e fúria. É necessário dominar nossas reações para viver em
sociedade, caso contrário a barbárie se instala definitivamente.
Segundo a psicóloga, a terapia é um caminho para aprendermos a lidar
com nossos sentimentos. Valquiria pontua que percebe as pessoas com uma
dificuldade muito grande de gerenciar as próprias emoções.
Autoconhecimento, de acordo com a especialista, é um processo essencial
pelo qual precisamos passar, por mais doloroso que possa ser em alguns
casos.
“Quando não temos essa ferramenta, nos tornamos reféns das nossas
emoções, das nossas limitações, da nossa impulsividade. A agressividade,
quando aprendemos a canalizá-la, pode ser direcionada para um caminho
que seja saudável, como faz um atleta, por exemplo”, finaliza Valquiria
Alcântara. (Com colaboração de Alex Bessas)
Aninhado
em posição fetal sobre uma macia espuma e coberto por um branco lençol,
Humanus foi em busca do acalento no silêncio da noite. Luzes em penumbra, portas e janelas abertas, cortinas em bailarina a
esvoaçarem, música
erudita quase imperseptível, respiração silenciosa e meticulosamente executada, entrou
em interação com o infinito.
Olhos cerrados e em meditação iniciou a imaginária viagem. Paulatinamentefoi se afastando e saindo do corpo, flutuando e se desligando da matéria projetou-se
no
espaço sideral. Através dos tempos e em sono profundo, em levitação, mergulhou no cosmo.
Tangenciando os
planetas, vazou o sistema solar e alcançou outras estrelas da via láctea. Atravessou bilhões de sistemas e mergulhou na escuridão intergalática. Aprofundou-se em bilhões de galáxias e atravessou o universo. Mergulhando e saindo passou
a conhecer a imensidão do cosmo e a infinitude do multiverso.
Longa foi a viagem, deu voltas através dos
tempos e fez um verdadeiro regresso aos mistérios da vida. Chegou à primeira estação, 18
de setembro de 1914, choro de criança, uma sexta-feira chuvosa, cinco e trinta da manhã. Naquele dia nascia uma menina, mais um ser humano, mais uma semente para
germinar e gerar outras vidas na Terra.
Vilarejo,
casa e aposentos simples. Posicionou-se no canto da sala ao lado
de um jarro, no qual havia uma roseira. Entravam e saíam viventes
humanos, umas novas e outras mais velhas. Da cozinha, um cheiro
convidativo
do verdadeiro café, torrado no caco e pisado num grande pilão feito de
tora de
jatobá, e que inundava todos os ambientes. O dia clareou, ninguém
notou a sua presença, continuou no mesmo
cantinho, ao lado do grande jarro com a sua bela roseira, observando o
chegar, o sair,
os sorrisos, os abraços e os cumprimentos das visitas. Choro de criança,casa cheia, dia de fartura,muita comida, bebidas e alegria. Tiros de bacamartes
anunciaram a chegada de mais um rebento. Oinvisível viajante, no cantinho, silenciosamente a observar, era um dia de festa.
O sol apontou no horizonte, o orvalho salpicava as folhas da densa e verde mata, os pássaros
voavam e chilreavam alegres com a torrencial aguada da noite. Os raios
clarearam o sertão.
De
repente, saiu pela porta do quarto, afagada e
protegida nos braços da parteira, uma bela menina que irradiava
esperança, saúde e prosperidade para a umanidade. Uma criança linda,
cabelos lisos, pele cor de jambo e que chorava copiosamente, era uma
criança
chorona. Ao chegar à sala, observou, olhou, arregalou os olhos
castanhos e
os fixou sobre o nobre visitante. Só ela o enxergava, o que a fez
silenciar o choro. Ao mover-se nos braços da parteira, virava a
cabecinha
para onde ele se encontrava e sempre a sorrir. Veio um pequeno
silêncio, a cena foi se desfazendo, a
luz foi cedendo espaço à penumbra até escurecer. O mortal continuou a
sua longa viagem no infinito multiverso, navegou pelo vasto espaço
sideral, no cosmo.
Quarenta anos depois, entrou numa nova estação, 18 de março de 1954, quinta feira chuvosa,
sete horas da manhã. Aquela criança, de 1914, era mais uma vez a
estrela da cena. 40 anos de idade, cabelos pretos, voz segura, forças nos pulmões,um
rebento nos braçose de olhos fixos na
sua cria, assim se pronunciou :
--” Seja bem-vindo ao reino dos humanos”.
Silêncio celestial, o perfume materno, o olhar e os sorrisos de uma
criança afloraram da sua mente e se apossaram do ambiente. Em levitação, o
viajante mergulhou no espaço, dando
continuidade ao misterioso deslocamento.
Viajou por outras plagas a observar as estrelas,
a profundidade do desconhecido e fez uma nova parada, estação 11
de setembro de 2013. A estrela era a
mesma menina de 1914 e de 1954, agorauma centenária de coque branco, tez macia, olhos fixos e brilhosos, voz em
veludo, serena e musical. Foi ao seu encontro, o fixou no seu olhar, o abraçou, o beijou e após os
afagos, mansamente balbuciou nos seus ouvidos:
--“ Fique calmo, o Senhor está me chamando, irei pessoalmente ao seu encontro, morarei definitivamente na
casa do Pai”.
Se
esvaindo das suas mãos, dos seus braços e
dos seus olhos, foi se afastando, se distanciando, rindo, dançando e
cantarolando, cheia de vida e de alegria tomou o caminho da casa de
Deus, o Criador lhe chamou.
O solitário fez a viagem de volta, reviu
tudo o que foi visto, entrou no quarto pela mesmajanela, olhou aquele corpo imóvel, inerte,
descoberto e vazio, agasalhou-senas suas entranhas e mais uma vez nele se albergou. O sol bateu no
seu rosto, o viajante abriu descansadamente os olhos e ao seu lado ouviu uma voz:
___” Seja bem-vindo ao seu mundo,
estou ao lado do Senhor, estou bem e olhando por todos. Aquele menino que nasceu no dia 23 de julho, no ano de 1914, numa manhã
chuvosa de uma quinta-feira, manda lembranças.Aqui estamos juntos, orando e rogando por
todos, estamos cotidianamente com vocês. Onde estamos podemos continuar
próximos de todos, somos onipresentes, uma vez que só Deus, o nosso Pai,
é onipotente, onipresente e onisciente”.
Serenamente, o andarilho, ainda inebriado, moveu o corpo, miroubem para onde vinha a voze irrefutavelmente balbuciou:
Aninhado
em posição fetal sobre uma macia espuma e coberto por um branco lençol,
Humanus foi em busca do acalento no silêncio da noite. Luzes em penumbra, portas e janelas abertas, cortinas em bailarina a
esvoaçarem, música
erudita quase imperseptível, respiração silenciosa e meticulosamente executada, entrou
em interação com o infinito.
Olhos cerrados e em meditação iniciou a imaginária viagem. Paulatinamentefoi se afastando e saindo do corpo, flutuando e se desligando da matéria projetou-se
no
espaço sideral. Através dos tempos e em sono profundo, em levitação, mergulhou no cosmo.
Tangenciando os
planetas, vazou o sistema solar e alcançou outras estrelas da via láctea. Atravessou bilhões de sistemas e mergulhou na escuridão intergalática. Aprofundou-se em bilhões de galáxias e atravessou o universo. Mergulhando e saindo passou
a conhecer a imensidão do cosmo e a infinitude do multiverso.
Longa foi a viagem, deu voltas através dos
tempos e fez um verdadeiro regresso aos mistérios da vida. Chegou à primeira estação, 18
de setembro de 1914, choro de criança, uma sexta-feira chuvosa, cinco e trinta da manhã. Naquele dia nascia uma menina, mais um ser humano, mais uma semente para
germinar e gerar outras vidas na Terra.
Vilarejo,
casa e aposentos simples. Posicionou-se no canto da sala ao lado
de um jarro, no qual havia uma roseira. Entravam e saíam viventes
humanos, umas novas e outras mais velhas. Da cozinha, um cheiro
convidativo
do verdadeiro café, torrado no caco e pisado num grande pilão feito de
tora de
jatobá, e que inundava todos os ambientes. O dia clareou, ninguém
notou a sua presença, continuou no mesmo
cantinho, ao lado do grande jarro com a sua bela roseira, observando o
chegar, o sair,
os sorrisos, os abraços e os cumprimentos das visitas. Choro de criança,casa cheia, dia de fartura,muita comida, bebidas e alegria. Tiros de bacamartes
anunciaram a chegada de mais um rebento. Oinvisível viajante, no cantinho, silenciosamente a observar, era um dia de festa.
O sol apontou no horizonte, o orvalho salpicava as folhas da densa e verde mata, os pássaros
voavam e chilreavam alegres com a torrencial aguada da noite. Os raios
clarearam o sertão.
De
repente, saiu pela porta do quarto, afagada e
protegida nos braços da parteira, uma bela menina que irradiava
esperança, saúde e prosperidade para a umanidade. Uma criança linda,
cabelos lisos, pele cor de jambo e que chorava copiosamente, era uma
criança
chorona. Ao chegar à sala, observou, olhou, arregalou os olhos
castanhos e
os fixou sobre o nobre visitante. Só ela o enxergava, o que a fez
silenciar o choro. Ao mover-se nos braços da parteira, virava a
cabecinha
para onde ele se encontrava e sempre a sorrir. Veio um pequeno
silêncio, a cena foi se desfazendo, a
luz foi cedendo espaço à penumbra até escurecer. O mortal continuou a
sua longa viagem no infinito multiverso, navegou pelo vasto espaço
sideral, no cosmo.
Quarenta anos depois, entrou numa nova estação, 18 de março de 1954, quinta feira chuvosa,
sete horas da manhã. Aquela criança, de 1914, era mais uma vez a
estrela da cena. 40 anos de idade, cabelos pretos, voz segura, forças nos pulmões,um
rebento nos braçose de olhos fixos na
sua cria, assim se pronunciou :
--” Seja bem-vindo ao reino dos humanos”.
Silêncio celestial, o perfume materno, o olhar e os sorrisos de uma
criança afloraram da sua mente e se apossaram do ambiente. Em levitação, o
viajante mergulhou no espaço, dando
continuidade ao misterioso deslocamento.
Viajou por outras plagas a observar as estrelas,
a profundidade do desconhecido e fez uma nova parada, estação 11
de setembro de 2013. A estrela era a
mesma menina de 1914 e de 1954, agorauma centenária de coque branco, tez macia, olhos fixos e brilhosos, voz em
veludo, serena e musical. Foi ao seu encontro, o fixou no seu olhar, o abraçou, o beijou e após os
afagos, mansamente balbuciou nos seus ouvidos:
--“ Fique calmo, o Senhor está me chamando, irei pessoalmente ao seu encontro, morarei definitivamente na
casa do Pai”.
Se
esvaindo das suas mãos, dos seus braços e
dos seus olhos, foi se afastando, se distanciando, rindo, dançando e
cantarolando, cheia de vida e de alegria tomou o caminho da casa de
Deus, o Criador lhe chamou.
O solitário fez a viagem de volta, reviu
tudo o que foi visto, entrou no quarto pela mesmajanela, olhou aquele corpo imóvel, inerte,
descoberto e vazio, agasalhou-senas suas entranhas e mais uma vez nele se albergou. O sol bateu no
seu rosto, o viajante abriu descansadamente os olhos e ao seu lado ouviu uma voz:
___” Seja bem-vindo ao seu mundo,
estou ao lado do Senhor, estou bem e olhando por todos. Aquele menino que nasceu no dia 23 de julho, no ano de 1914, numa manhã
chuvosa de uma quinta-feira, manda lembranças.Aqui estamos juntos, orando e rogando por
todos, estamos cotidianamente com vocês. Onde estamos podemos continuar
próximos de todos, somos onipresentes, uma vez que só Deus, o nosso Pai,
é onipotente, onipresente e onisciente”.
Serenamente, o andarilho, ainda inebriado, moveu o corpo, miroubem para onde vinha a voze irrefutavelmente balbuciou: